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Fonte: Segs / Gazeta Mercantil / Denise Bueno

A demanda pelo seguro de crédito à exportação aumentou em razão do agravamento do risco de inadimplência das empresas importadoras dos Estados Unidos em virtude da crise americana.

Também já é observado um aumento do custo do produto para determinados segmentos, diz Jesús Serra, presidente do conselho de administração da subsidiária brasileira da espanhola Crédito y Caución, a quarta maior seguradora do mundo neste segmento, que se associou à Atradius, segunda maior.

Serra acredita que a crise não afetará o Brasil na mesma proporção que pode atingir a Europa, mesmo sendo os EUA responsáveis por 20% das exportações do Brasil. Segundo ele, no País o seguro ainda não sofreu qualquer impacto, mas as empresas presentes na Europa já sinalizam que há um agravamento do risco.

O seguro de crédito à exportação tem como última finalidade indenizar o segurado cujo crédito não foi recuperado durante o período de cobrança. “A seguradora atua em diversas frentes e a primeira é a prevenção, analisando o risco de inadimplência do cliente do nosso segurado”, explica. Caso haja um atraso no pagamento, o departamento de cobrança da seguradora é acionado para tentar recuperar o valor. Se não conseguir, paga a indenização.

A seguradora opera no Brasil há seis meses. “Atingimos R$ 1 milhão em prêmios e ultrapassarmos a nossa meta”. Serra acredita que 2008 será um ano emocionante em razão da crise americana. “Em uma situação de risco, as empresas passam a querer entender melhor o seguro. E é neste momento que temos a grande oportunidade de fazer mais negócios e crescer no Brasil”, diz.